top of page
Museu_050.jpg

O MUSEU DO CONFLITO
Mensagem do Senhor Presidente do Tribunal da Relação do Porto,
Exmo. Senhor Dr. José Igreja Matos

Presidente do Tribunal da Relação do Porto, Juiz Desembargador José Igreja Matos

Apresento-vos o Museu do Tribunal da Relação do Porto!

Chama-se “Museu do Conflito”.
 

O nome assertivo e polémico despertou, como se pretendia, um imediato interesse relativamente ao projeto. 
 

Os tribunais apenas existem porque existem conflitos. Estes, por sua vez, são inevitáveis ao longo da existência humana. 
 

O ser humano define-se, no fim de contas, no modo como com eles lida. E aqui alinham-se três possibilidades - não mais do que estas – seja ao nível pessoal, familiar ou mesmo entre regiões ou nações: resolver a discórdia pelo diálogo, em concertação; apelar a uma decisão fundamentada, provinda de um terceiro imparcial - o juiz; ou solução indesejada e terrível, através da violência e da agressão.
 

Os tribunais afirmam-se, portanto, como uma conquista civilizacional enquanto derradeiro baluarte que impede a irracionalidade da lei do mais forte.
 

Construído conceptualmente a partir desta ideia base, o Museu do Conflito transmite, ao longo do seu percurso, uma mensagem de paz e tolerância.  
 

Daí que, ao sair, o visitante se depare, num monitor interativo, com a seguinte frase: “Ao sair por esta porta, que o seu passo simbolize um compromisso coletivo para a construção de um mundo mais justo e pacífico.”
 

O Museu serve, em muito, para exibir o nosso vasto espólio. 
É um museu bilingue: apresenta-se em português e inglês. É um museu moderno, dotado de ferramentas tecnológicas que permitem uma comunicação interativa.

 

Está dividido em três partes: a primeira estruturada a partir da história da cidade do Porto, em diálogo permanente com a história do próprio Tribunal, fundado em 1581, ilustrada através dos magníficos painéis que embelezam o Palácio da Justiça, a nossa sede. 
 

Um segundo espaço assenta, sobretudo, na exibição dos nossos processos emblemáticos – Camilo Castelo Branco, José do Telhado, Urbino de Freitas, a “Bruxa de Soalhães” - apresentados sobre uma perspetiva humanista, a partir da vida vivida destas personagens. 
 

Finalmente, uma última parte que inclui, com honras de parede inteira, o icónico poema de Jorge Luís Borges, “Os Justos”, e que projeta a Justiça de Hoje, expondo princípios como o da separação de poderes ou da independência do poder judicial, e a Justiça do Amanhã, através de conceitos como a inteligência artificial ou o algoritmo, subordinados sempre à consciência humana. 
 

Despeço-me com um convite:
 

Venham visitar-nos!

bottom of page